segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Pai...





Pai...



Se acaso sinto meu corpo padecer, busco ajuda entre a sabedoria humana, e medico o meu ser e até minha mente.

Sei que para suprir o meu sustento, tenho que correr contra o tempo e através do suor do meu rosto e de meus dons por ti concedidos, cansar-me atrás do que me falta.

Visto cuidadosamente todos os dias, minhas armaduras, uma a uma, e afio a lâmina que corta a maledicência, para proteger-me das línguas ferinas que buscam minha derrota a todo instante, pois andamos em um mundo lindo, e humanamente cruel.

Mas percebi nesse momento, que apenas e tão somente posso chegar até onde é possível o ser humano ir.

Sozinha, não posso seguir além das minhas forças.

São Tuas mãos e Tua vontade Pai, tão somente TU, que quebras as barreiras do impossível.

E por isso peço-Te nessa hora, que me tenhas junto a Ti, para que eu nunca necessite ir além do meu limite, dando-me hoje e sempre, o que é possível agora.



Amém!

.

J'amour



Ajude. Você pode e eu também.





SUA ATITUDE IMPORTA, PORQUE É VITAL.


A atmosfera onde vivemos é quase insignificante para a vida "da" Terra, mas importante para a vida "na" Terra.

Caso toda a vida se acabe, seguramente o planeta continuará a sua trajetória pelo Universo.

A Natureza tende sempre ao equilíbrio.

A história da Terra nos revela várias extinções de espécies, de forma muito natural.

Se não fosse assim, os seres vivos não teriam evoluído e, talvez, nem existisse o ser humano.

Extinções são necessárias para a evolução da vida, porém, falamos aqui da extinção natural, porque essa provocada pelo homem pode quebrar a evolução natural e desequilibrar todo o sistema de vida na Terra.

A grande verdade é: A Terra não está nem aí para o homem.

Ela evolui e se modifica sem se importar com a gente.

Se este equilíbrio significar a eliminação do homem, a Natureza não vai hesitar um segundo em fazê-lo.
Se
não respeitarmos essa evolução, se não respeitarmos os limites dela, causando mais e mais “stress”, ela nos devorará “bem naturalmente” sem piedade e em pouco tempo.


A única forma de conseguirmos frear as respostas a essa agressão é através da Educação Ambiental, desenvolvendo formas de desenvolvimento e aproveitamento dos recursos naturais para a manutenção das condições ideais de sobrevivência (nossa e das outras espécies).

Ela não pode apenas se resumir à manutenção de uma ou outra espécie de vida, de apenas um ou outro lugar, pois todos são importantes.


O problema dos ecologistas muitas vezes ocorre quando eles querem salvar o ‘boto-cor-de-rosa, a ararinha-azul, o lobo-guará’; e se esquecem da questão central que está na manutenção da água potável, na preservação de todos os ambientes e no controle da quantidade de gases na atmosfera que provocam o Efeito Estufa e o Aquecimento Global, e que são essenciais à manutenção da VIDA.

Os recursos naturais existem e precisam ser explorados, mas de forma consciente.

Esta exploração deve levar para os povos desenvolvimento econômico e saúde, mas acima de tudo, faze-lo sem degradar o MEIO em que vivemos.


A este tipo de exploração de recursos naturais aliando tecnologia de forma inteligente e racional chamamos DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL que deve observar a tríade sendo:

1-economicamente viável

2-socialmente justa

3-ambientalmente correta


E isso apenas poderá acontecer através da educação das pessoas, especialmente das nossas crianças.

Essa sim é a chave da manutenção da vida e já estamos atrasados.

Não está longe o momento em que veremos a TERRA nos devorar buscando o seu equilíbrio se não fizermos algo que reduza o “stress” que continuamos infligindo à Natureza do nosso planeta.


J'amour

"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei."

(Ezequiel 22:30).








domingo, 30 de agosto de 2009

Paraíso


Paraíso seria sentir que acordar se tornaria tão doloroso que nem um sorrir de estrelas me despertaria.
Melhor seria mesmo não acordar, voltar a fechar os olhos, e novamente adormecer, apagar o dia do calendário das minhas lembranças.

Maravilhoso mesmo, seria despertar muito tempo após, ainda enlaçada pelo astro-rei que julgo ser para sempre meu, que me conquistou pela sonoridade do seu riso em meus ouvidos, pelas suas gentilezas e encantos, pela sua coragem de menino, pela força do seu olhar vulcânico.
E a luz que dele emana, que tudo transpassa, consegue aniquilar as trevas, o imaginário, o sonho, a utopia.

Assim te direi, que o paraíso seria fazer amor com o universo inteiro, com as estrelas, com o vento e com o mar, em todas as eras.

Êxtase Divino.

Sentimento pleno e real, purificador, por me fazer sentir subitamente destituída de corpo, liberta de todas as cadeias, alcançando um sentir profundo e imutável, vivendo todas as minhas vidas no momento em que encontrasse o paraíso dos teus braços.
.
J'amour

sábado, 29 de agosto de 2009

Teu Olhar



Estremeço ao sentir a ausência do teu olhar no meu
Sinto que faltam pedaços de mim, perco aos poucos o ar
O tempo chega a parar, pela lembrança da tua presença
Pelo brilho oceânico e força da luz da tua mirada.

Ai então, tens sobre mim poder de luar no outono
De águas que invadem a terra, derrubando mundos
Da nuvem tão leve a mandar-me, num momento - breve
Seu beijo entretecido em brancos fios de abandono.

Tens o som do silêncio e a magia do sol a brilhar e arder
Tens guardados neles a pureza floral de cada amanhecer
Mas o que te posso pedir além do imenso desejo de sentir?
Sentir a maciez de tua alma que eu desejo?
O amargo-doce gosto do seu beijo?

Ah, essa solidão da tua sombra de nuvem passageira
A um tempo só, és sagrado ritual de entrega
És navalha a cortar meu corpo expondo minha alma ferida.

E teu olhar que me acaricia e me abandona
Resplandece neste poema
Que por loucura da paixão, se oferece
Trazendo, não em vão
O gozo do nosso amor, nos braços de uma canção.
.
J'amour


Se Você Soubesse





Se você soubesse com quanto amor sigo seus passos
Se você soubesse com quanto amor eu toco suas lágrimas
E lhe tomo pela mão para que você não caia
E te guardo quando ficas tonta de tristeza no caos da vida
E que a cada hora do dia e da noite, estou contigo
Que em cada respiração sua, me dás vida
Como se fossem tuas, as asas a fazer bater meu coração
E cada olhar seu acende meu sorriso
Me fazendo querer voar junto contigo
E um dia nós o faremos
Quando estiver consciente da sua divindade você abrirá suas asas
E compreenderá quem somos, e quanto TE AMO
Mas agora não vôo contigo, apenas caminho lado a lado
E cada manhã te acordo com um beijo
E cada noite, te cubro com minhas asas aliviando seu cansaço
Eu sou seu anjo, seu amor, seu amigo,
Aquele que sempre estará contigo, suplicando à DEUS em oração
Para que me sintas ao seu lado, e então, me revelar ao seu coração
.
J’amour

Minha Alma


A minha alma é uma fortaleza
O tempo a construiu e a moldou
Vislumbras à frente ventos, sonhos e céus
Cercada por muros desfeitos, de tempo, areia e ausências
Um jardim de hortelã e cores fractais
De todas as flores que um dia quis te dar
Margaridas, rosas, violetas e hortênsias
E muitas outras mais
Minha alma sou eu, eu e os meus devaneios
Feita de uma ansia carregada de paciência
De onde me encontro agora
Sento-me a olhar
E embalar meus desejos
O sal e a dor selaram todos os cantos e salas
Minha alma é uma fortaleza
Com paredes riscadas, teto coberto de estrelas e raios de lua
E escadarias de aço...e insanidade
Fortes, em espirais que me guiam pelos degraus da minha saudade
Sinto nos quartos o roçar de asas quebradas, de anjos caídos
Que me fazem companhia
Sala aberta e espaços vazios a tua espera
Eis aqui minha alma
Sou eu ao vento e à tempestade, aqui descalça
Sentada na fria estação das memórias
A espera de quem sabe, amigo
Que um dia tu te lembres do beijo esquecido
'Na boca do tempo, na cinza das horas'.
.
J’amour



The Seashell of Venice


É quando passa o dia, e cai o sol em meio ao mar, que apenas esconde suas chamas
E nem as estrelas despontam na escuridão que germina verdadeiramente do coração
E quando então, o negrume da noite por vezes plúmbea, me cobre com seu pesado manto sem trazer a paz
Sem o bendito sono com suas asas douradas, para cerrar as pálpebras da alma, mesmo depois de toda a eternidade que se passa sobre nós
É nessa hora
Sempre a tua espera, a cada vez que te vais, sem que eu te veja
A seguir o nada, sem a benção do esquecimento, que seja de uma fração de tempo, que alivie o grito calado na garganta
A escutar o silencio contido em todo o universo de um mar, encerrado numa pequena concha
E olhar o caminho indelével entre as areia e a água, que me leve...

Me leve à algum lugar
Me leve a tua cidadela
Intransponível, indecifrável
Perto o bastante para querer
Longe demais para chegar
É nessa hora que venho todos os dias
Para me alimentar de ventos e de sonhos
E cantar canções já esquecidas
Pois nada mais me resta
Além do meu mirante
Da minha solidão

Além do mar...
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J’amour

The Seashell of Venice - J. P. Avisse