Se acaso sinto meu corpo padecer, busco ajuda entre a sabedoria humana, e medico o meu ser e até minha mente.
Sei que para suprir o meu sustento, tenho que correr contra o tempo e através do suor do meu rosto e de meus dons por ti concedidos, cansar-me atrás do que me falta.
Visto cuidadosamente todos os dias, minhas armaduras, uma a uma, e afio a lâmina que corta a maledicência, para proteger-me das línguas ferinas que buscam minha derrota a todo instante, pois andamos em um mundo lindo, e humanamente cruel.
Mas percebi nesse momento, que apenas e tão somente posso chegar até onde é possível o ser humano ir.
Sozinha, não posso seguir além das minhas forças.
São Tuas mãos e Tua vontade Pai, tão somente TU, que quebras as barreiras do impossível.
E por isso peço-Te nessa hora, que me tenhas junto a Ti, para que eu nunca necessite ir além do meu limite, dando-me hoje e sempre, o que é possível agora.
A atmosfera onde vivemos é quase insignificante para a vida "da" Terra, mas importante para a vida "na" Terra.
Caso toda a vida se acabe, seguramente o planeta continuará a sua trajetória pelo Universo.
A Natureza tende sempre ao equilíbrio.
A história da Terra nos revela várias extinções de espécies, de forma muito natural.
Se não fosse assim, os seres vivos não teriam evoluído e, talvez, nem existisse o ser humano.
Extinções são necessárias para a evolução da vida, porém, falamos aqui da extinção natural, porque essa provocada pelo homem pode quebrar a evolução natural e desequilibrar todo o sistema de vida na Terra.
A grande verdade é: A Terra não está nem aí para o homem.
Ela evolui e se modifica sem se importar com a gente.
Se este equilíbrio significar a eliminação do homem, a Natureza não vai hesitar um segundo em fazê-lo.
Se não respeitarmos essa evolução, se não respeitarmos os limites dela, causando mais e mais “stress”, ela nos devorará “bem naturalmente” sem piedade e em pouco tempo.
A única forma de conseguirmos frear as respostas a essa agressão é através da Educação Ambiental, desenvolvendo formas de desenvolvimento e aproveitamento dos recursos naturais para a manutenção das condições ideais de sobrevivência (nossa e das outras espécies).
Ela não pode apenas se resumir à manutenção de uma ou outra espécie de vida, de apenas um ou outro lugar, pois todos são importantes.
O problema dos ecologistas muitas vezes ocorre quando eles querem salvar o ‘boto-cor-de-rosa, a ararinha-azul, o lobo-guará’; e se esquecem da questão central que está na manutenção da água potável, na preservação de todos os ambientes e no controle da quantidade de gases na atmosfera que provocam o Efeito Estufa e o Aquecimento Global, e que são essenciais à manutenção da VIDA.
Os recursos naturais existem e precisam ser explorados, mas de forma consciente.
Esta exploração deve levar para os povos desenvolvimento econômico e saúde, mas acima de tudo, faze-lo semdegradar o MEIO em que vivemos.
A este tipo de exploração de recursos naturais aliando tecnologia de forma inteligente e racional chamamos DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL que deve observar a tríade sendo:
1-economicamente viável
2-socialmente justa
3-ambientalmente correta
E isso apenas poderá acontecer através da educação das pessoas, especialmente das nossas crianças.
Essa sim é a chave da manutenção da vida e já estamos atrasados.
Não está longe o momento em que veremos a TERRA nos devorar buscando o seu equilíbrio se não fizermos algo que reduza o “stress” que continuamos infligindo à Natureza do nosso planeta.
J'amour
"Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim, a favor desta terra, para que eu não a destruísse; mas a ninguém achei."
Paraíso seria sentir que acordar se tornaria tão doloroso que nem um sorrir de estrelas me despertaria. Melhor seria mesmo não acordar, voltar a fechar os olhos, e novamente adormecer, apagar o dia do calendário das minhas lembranças.
Maravilhoso mesmo, seria despertar muito tempo após, ainda enlaçada pelo astro-rei que julgo ser para sempre meu, que me conquistou pela sonoridade do seu riso em meus ouvidos, pelas suas gentilezas e encantos, pela sua coragem de menino, pela força do seu olhar vulcânico. E a luz que dele emana, que tudo transpassa, consegue aniquilar as trevas, o imaginário, o sonho, a utopia.
Assim te direi, que o paraíso seria fazer amor com o universo inteiro, com as estrelas, com o vento e com o mar, em todas as eras.
Êxtase Divino.
Sentimento pleno e real, purificador, por me fazer sentir subitamente destituída de corpo, liberta de todas as cadeias, alcançando um sentir profundo e imutável, vivendo todas as minhas vidas no momento em que encontrasse o paraíso dos teus braços. . J'amour
Estremeço ao sentir a ausência do teu olhar no meu Sinto que faltam pedaços de mim, perco aos poucos o ar O tempo chega a parar, pela lembrança da tua presença Pelo brilho oceânico e força da luz da tua mirada.
Ai então, tens sobre mim poder de luar no outono De águas que invadem a terra, derrubando mundos Da nuvem tão leve a mandar-me, num momento - breve Seu beijo entretecido em brancos fios de abandono.
Tens o som do silêncio e a magia do sol a brilhar e arder Tens guardados neles a pureza floral de cada amanhecer Mas o que te posso pedir além do imenso desejo de sentir? Sentir a maciez de tua alma que eu desejo? O amargo-doce gosto do seu beijo?
Ah, essa solidão da tua sombra de nuvem passageira A um tempo só, és sagrado ritual de entrega És navalha a cortar meu corpo expondo minha alma ferida.
E teu olhar que me acaricia e me abandona Resplandece neste poema Que por loucura da paixão, se oferece Trazendo, não em vão O gozo do nosso amor, nos braços de uma canção. . J'amour
Se você soubesse com quanto amor sigo seus passos Se você soubesse com quanto amor eu toco suas lágrimas E lhe tomo pela mão para que você não caia E te guardo quando ficas tonta de tristeza no caos da vida E que a cada hora do dia e da noite, estou contigo Que em cada respiração sua, me dás vida Como se fossem tuas, as asas a fazer bater meu coração E cada olhar seu acende meu sorriso Me fazendo querer voar junto contigo E um dia nós o faremos Quando estiver consciente da sua divindade você abrirá suas asas E compreenderá quem somos, e quanto TE AMO Mas agora não vôo contigo, apenas caminho lado a lado E cada manhã te acordo com um beijo E cada noite, te cubro com minhas asas aliviando seu cansaço Eu sou seu anjo, seu amor, seu amigo, Aquele que sempre estará contigo, suplicando à DEUS em oração Para que me sintas ao seu lado, e então, me revelar ao seu coração . J’amour
A minha alma é uma fortaleza O tempo a construiu e a moldou Vislumbras à frente ventos, sonhos e céus Cercada por muros desfeitos, de tempo, areia e ausências Um jardim de hortelã e cores fractais De todas as flores que um dia quis te dar Margaridas, rosas, violetas e hortênsias E muitas outras mais Minha alma sou eu, eu e os meus devaneios Feita de uma ansia carregada de paciência De onde me encontro agora Sento-me a olhar E embalar meus desejos O sal e a dor selaram todos os cantos e salas Minha alma é uma fortaleza Com paredes riscadas, teto coberto de estrelas e raios de lua E escadarias de aço...e insanidade Fortes, em espirais que me guiam pelos degraus da minha saudade Sinto nos quartos o roçar de asas quebradas, de anjos caídos Que me fazem companhia Sala aberta e espaços vazios a tua espera Eis aqui minha alma Sou eu ao vento e à tempestade, aqui descalça Sentada na fria estação das memórias A espera de quem sabe, amigo Que um dia tu te lembres do beijo esquecido 'Na boca do tempo, na cinza das horas'. . J’amour
É quando passa o dia, e cai o sol em meio ao mar, que apenas esconde suas chamas E nem as estrelas despontam na escuridão que germina verdadeiramente do coração E quando então, o negrume da noite por vezes plúmbea, me cobre com seu pesado manto sem trazer a paz Sem o bendito sono com suas asas douradas, para cerrar as pálpebras da alma, mesmo depois de toda a eternidade que se passa sobre nós É nessa hora Sempre a tua espera, a cada vez que te vais, sem que eu te veja A seguir o nada, sem a benção do esquecimento, que seja de uma fração de tempo, que alivie o grito calado na garganta A escutar o silencio contido em todo o universo de um mar, encerrado numa pequena concha E olhar o caminho indelével entre as areia e a água, que me leve...
Me leve à algum lugar Me leve a tua cidadela Intransponível, indecifrável Perto o bastante para querer Longe demais para chegar É nessa hora que venho todos os dias Para me alimentar de ventos e de sonhos E cantar canções já esquecidas Pois nada mais me resta Além do meu mirante Da minha solidão
Eu sou aquela sem dono.
Sem explicação, nem lógica.
O reflexo no espelho. A foto perdida.
Uma língua esquecida. Um livro sem capa.
Quadro sem moldura. Uma flor selvagem.
Aquela.
Sou a página errada. A esquina virada.
A palavra não dita. Sou teu veneno.
O beijo de amor. O gosto na língua.
O corpo suado. O suspiro do gozo.
Um gemido de dor. A rosa do vento.
Sou reflexo da lua. Seu lado obscuro.
Sim, aquela. A que não existe.
O semblante triste. O olho a chorar.
A trava na boca. A escrita já finda.
Mas que apesar de tudo:
Ainda insiste em sonhar...
.
J'amour