Hoje quero ser apenas uma estrela no mar Serena e repousada agora nos teus braços Que me acolhem sempre depois das tempestades Hoje quero ser o perfume que se prende em ti Da rosa amarela que fazes desabrochar Pétala a pétala, cada vez que me sorris Hoje quero mais que tudo receber e ter
No mesmo local de sempre, onde tudo é real? Quando a magia do cansaço nos desliga desse mundo? Farei uma pausa para viver. Ficarei suspensa entre este e o outro espaço. Entretecida nas tuas palavras e aninhada no conforto dos teus braços. Tu fostes a luz para mim segredada em tempos distantes. Quando me disseram que não estaria só nessa viagem. E ao teu encontro caminho eu, sem medo, sem mapas, sem bússola. De olhos fechados e sentidos acesos. Coração louco a bater. Ansiosa para que venhas colher tua rosa carmim. Te espero todas as noites entre as estrelas, para quem conto nossa história. Apenas porque te quero. Espero durante uma hora, um dia, um mês, além de qualquer tempo. Quero-te dentro de mim. Quero-te na memória... . J'amour
Se soubesses o quanto te amo Medirias tanto ou dirias que sim?
Ofereço-te tudo Não apenas minha melhor metade Te darei meu mundo Num único segundo Te darei meu riso O canto na rua, uma rosa branca A dança entre abraços E o prazer de me sentir nua Tão apenas deixa-me ser tua E descobrir os contornos do amor À luz da lua Pele à pele, beijo à beijo No sal dos corpos Na profundidade do gozo Sem limites de desejo
Se soubesses o quanto te amo Medirias tanto, ou dirias que sim? . J'amour
Meus olhos de esperança, alongam-se nas distâncias das horas que se arrastam dolorosamente entre nossos espaços.
Mas te espero.
Sem você, sou toda a areia que desliza no relógio do tempo, grão por grão, segundo a segundo.
Sou borboleta sem uma asa, música sem melodia, fera presa entre espinhos, água caudalosa de um rio, a bater nas pedras, em lenta e persistente agonia, querendo seguir para o mar, mas sem descobrir seus caminhos.
Mas ainda assim, te espero.
Pressinto a dor que embaça o céu que era meu, onde repousam tuas pupilas, pressinto a dúvida que espreita esse olhar baço de dor, e que insidiosa em teus ouvidos, maldosamente te sussurra para que desistas.
Mas meu amor, que importa agora tudo, depois de tudo?
Que interessa se quero seguir nessa estrada, se não quero saber de nada além do nosso amor?
Não me importa se o tempo é pouco, se o que temos são sonhos, e mais nada além de amar.
Se tens apenas sonhos, aceito.
Se me tens amor não me deixes.
Se me queres não vá.
Que importa o mundo que se levanta, se tenho a mão minha na tua?
É tudo que tenho, é tudo que me importa.
Por favor, não solta...
Deixa o vento soprar seus cabelos e seguiremos nós, loucos, sob a luz da lua.
As noites em mim começam tarde, e nelas o tempo amanhece cedo demais. E assim te perco. Como se perdesse os meus passos no tempo, e então findo minha jornada. Como certas naus que se deixam morrer no litoral de um sonho qualquer. Todas as noites subo em um lugar mais alto atrás de estrelas cadentes, em busca da antecipação do gozo, em sonhos cintilantes à espera da tua vinda. E a lua em fases de prata, vigia meu amor ... Em lenta dança no céu escuro, sempre também a procurar o sol para iluminar seu lado mais obscuro, enquanto as estrelas ciumentas, dardejam ao redor dela, iluminando agora as ruas por onde deixo a minha sombra cansada.
Hoje lembrei de você.
Me perguntei onde andarás.
Olhando o chão coberto de luzes ao anoitecer.
Se misturando com as estrelas no firmamento.
Passavam tão perto de mim que tive a ilusão de andar nas nuvens.
Confundindo-me, e já não sabia o que era céu ou terra.
Ao alcance das minhas mãos: chão de estrelas.
Que se acendem e se apagam como minhas lembranças.
Novamente me perguntei: será que você já viu um lugar assim encantado?
Entrei em casa e apaguei todas as luzes para poder ver melhor,
e esconder as lágrimas insistentes.
Qualquer dia juro que te esqueço, e não vou lembrar quando o vento soprar,
e tocar meu corpo numa carícia, nem quando o sol se pôr para encontrar a lua.
Não lembrarei de você quando chove e o perfume da terra molhada me inebria.
Ou então quando o chão fica coberto de estrelas ao anoitecer.
Estou cansada .
Será algum tipo de encantamento ou castigo?
Te sentir.
Te querer.
Sem estar contigo.
Minha ilusão ou loucura.
Se a vida não quis que te encontrasse,
por quê deixou uma parte de você gravada à ferro em mim?
Olho mais uma vez os vaga-lumes antes de dormir...
Na chama que ora ardo, me consumo e vejo ao mirar Labaredas, nuvens e fuligem Indicando que aqui jaz um coração ardente Em brasa, que de tanto amar também se consumiu... Nas nuvens que agora o vento sopra e carrega Vejo desenhos circunscritos em finíssimas espirais A formarem lentamente, imagens tintas, vitrais... Ora corações, ora anjos, ora sangue, ora fogo, ora teus olhos Nesta constante consumação e ardor, desenhos na fumaça Dançam e serpenteiam no vento, como a debochar deste coração Na brasa que embora ainda arda Fenece a lembrar deste amor Gota a gota, uma lágrima... E o fogo...
E o fogo que acalentava rugindo, foi... Lambendo...Labaredas Ora, pois que os ventos levem os desenhos da fumaça Me deixando mesmo em sangue e lágrima Coração em brasa!
Quando tu eras porto e eu mar,
tudo era simples, eu era calmaria.
Agora procuro um quarto escuro
onde desabar as minhas defesas.
A desejar que novamente me atravesses
a voz com um beijo, levando meu cansaço.
É nessa escalada de breu e desassossegos,
que procuro uma açucena, uma semente
que possa germinar em meio a tempestade,
um farol no seu olhar a novamente me guiar.
Pois no clarão das tuas palavras sou tudo.
Sou estrela da manhã, rosa do vento, tábua
de marés, a fazer espuma entre teus dedos.
SE MUY BIEN QUE DESDE ESTE LUGAR YO NO LLEGO A DONDE ESTAS TU...
y aunque dentro de mi copa estáreflejada en tu fría luz la bebere servir y acabada...
Luz Casal
. . Em ti descobri o pouco que resta de mim Se sigo é por ti Se fico também Se vivo é porque vives E só tem sentido se vivo por ti (o pouco que ainda resta de mim) . J'amour
Mas seu eu morrer eu quero festa. Eu quero o riso doce, louco e preciso. Eu quero uma bandinha na varanda. Um lenço colorido ao vento. O som da música me levará ao meu destino... . J'amour
Eu sou aquela sem dono.
Sem explicação, nem lógica.
O reflexo no espelho. A foto perdida.
Uma língua esquecida. Um livro sem capa.
Quadro sem moldura. Uma flor selvagem.
Aquela.
Sou a página errada. A esquina virada.
A palavra não dita. Sou teu veneno.
O beijo de amor. O gosto na língua.
O corpo suado. O suspiro do gozo.
Um gemido de dor. A rosa do vento.
Sou reflexo da lua. Seu lado obscuro.
Sim, aquela. A que não existe.
O semblante triste. O olho a chorar.
A trava na boca. A escrita já finda.
Mas que apesar de tudo:
Ainda insiste em sonhar...
.
J'amour