segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Te espero


Meus olhos de esperança, alongam-se nas distâncias das horas que se arrastam dolorosamente entre nossos espaços.

Mas te espero.

Sem você, sou toda a areia que desliza no relógio do tempo, grão por grão, segundo a segundo.

Sou borboleta sem uma asa, música sem melodia, fera presa entre espinhos, água caudalosa de um rio, a bater nas pedras, em lenta e persistente agonia, querendo seguir para o mar, mas sem descobrir seus caminhos.

Mas ainda assim, te espero.

Pressinto a dor que embaça o céu que era meu, onde repousam tuas pupilas, pressinto a dúvida que espreita esse olhar baço de dor, e que insidiosa em teus ouvidos, maldosamente te sussurra para que desistas.

Mas meu amor, que importa agora tudo, depois de tudo?

Que interessa se quero seguir nessa estrada, se não quero saber de nada além do nosso amor?

Não me importa se o tempo é pouco, se o que temos são sonhos, e mais nada além de amar.

Se tens apenas sonhos, aceito.

Se me tens amor não me deixes.

Se me queres não vá.

Que importa o mundo que se levanta, se tenho a mão minha na tua?

É tudo que tenho, é tudo que me importa.

Por favor, não solta...

Deixa o vento soprar seus cabelos e seguiremos nós, loucos, sob a luz da lua.

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J'amour

3 comentários:

  1. Mayra linda,

    O amor quando fica sentado esperando a vez fica tímido. Então é isso mesmo que você escreveu, deixa o vento sobrar e levar o cheiro da insanidade puramente sentida.

    Beijo imenso, menina linda.

    Rebeca

    -

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  2. É a intensidade de amar que tanto
    nos identificou...Saudades!
    Amar sempre...Não importa como não é mesmo?
    Parabéns!
    Seu blog está lindo.

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