domingo, 11 de outubro de 2009

Fênix


Na chama que ora ardo, me consumo e vejo ao mirar
Labaredas, nuvens e fuligem
Indicando que aqui jaz um coração ardente

Em brasa, que de tanto amar também se consumiu...
Nas nuvens que agora o vento sopra e carrega
Vejo desenhos circunscritos em finíssimas espirais

A formarem lentamente, imagens tintas, vitrais...

Ora corações, ora anjos, ora sangue, ora fogo, ora teus olhos

Nesta constante consumação e ardor, desenhos na fumaça

Dançam e serpenteiam no vento, como a debochar deste coração
Na brasa que embora ainda arda

Fenece a lembrar deste amor
Gota a gota, uma lágrima...
E o fogo...
E o fogo que acalentava rugindo, foi...

Lambendo...Labaredas

Ora, pois que os ventos levem os desenhos da fumaça

Me deixando mesmo em sangue e lágrima

Coração em brasa!

...Sou Fênix.
.
J'amour

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