sábado, 18 de julho de 2009

Palavras ao Vento



Em folhas vivas, desfolhas palavras nuas no corpo luminoso de cada ser.
Onde páginas brilhantes abres, mais suaves que o mais suave favo.
Libertas o medo de noites cansadas e das frias manhãs, soltando as letras.
Voas pelos espaços sem fim, movendo com os olhos um areal de esperanças, tecidas em finas linhas, de traços perfeitos, de grafite e luzes coloridas.
Ditas com ternura, dos céus, à sombra, moldando-as em ramas delicadas.
Do pó do deserto - o ouro; e a prata estelar misturada nos veios das pétalas rubras, de rubras flores perfumadas.
Persigo elas, as palavras, num vôo alto, pela esmeralda mata de devaneios.
E neste alçar ao vento me encontro, sempre me perdendo.
Estranho és, ó visitante, na candura com que enleias e traças frases...
E constrói poesias e sonhos.
Das áureas asas que a brisa suave embala, suspiras de amor e dor.
Mas também sorri, canta e dança...
E então me rendo, nessa doce loucura que apenas eu entendo.
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J’amour

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