domingo, 30 de janeiro de 2011

FANTASMAS





Sinto na nuca um arrepio nesta noite parada.
Um despertar de sentidos tão denso e tangível.
Como olhar, tomar mas mãos e cheirar um fruto maduro.
Um morango vermelho que eu pudesse morder e me lambuzar.
Saciando vontades de quem não tem medo do escuro.
De quem também já perdeu o medo das noites sem luar.
Sigo soltando palavras pelo vento perfumado.
Na urgência de serem verbalizadas mesmo sem sentido algum.
Perfeita noite para se perseguir fantasmas...

Fantasmas de quem acha que os fantasmas não existem.

- J'amour -

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