sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Espuma


Quando tu eras porto e eu mar,
tudo era simples, eu era calmaria.
Agora procuro um quarto escuro
onde desabar as minhas defesas.
A desejar que novamente me atravesses
a voz com um beijo, levando meu cansaço.
É nessa escalada de breu e desassossegos,
que procuro uma açucena, uma semente
que possa germinar em meio a tempestade,
um farol no seu olhar a novamente me guiar.
Pois no clarão das tuas palavras sou tudo.
Sou estrela da manhã, rosa do vento, tábua
de marés, a fazer espuma entre teus dedos.

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J'amour

Um comentário:

  1. Como é bom ler-te, navegar nas tuas linhas,
    me perder na tua poesia e sentir nas entrelinhas todo sentimento que vem de VOCÊ!

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