sábado, 27 de julho de 2013

PÉTALAS








Como rubra rosa a desfolhar-se ao vento.
Me espalho em ti a cada vão momento.
Para que qual fragrância floral
Em suave toque me percebas.
Deixo de mim um rastro de estrelas.
Deixo beijos e carícias ardentes, e você...
Você com medo de perdê-las.
Agora anseias, te enleias e me buscas. Eu sigo.
Me olhas e não sabes na verdade. Te perguntas:
Quem é essa mulher que de súbito me habita?
E bailando em nuvens douradas, me recrio.
Vem. Segue escravo agora o som do meu riso.
Busca o elixir das minhas palavras.
Sem saber que sou eu, aquela que te queria.
Que com tua suspeita castigavas.
Se desnudar minha alma pudesses,
Se meus olhos nos teus estivessem.
Ao cair de cada peça lentamente,
Verias em cada pétala desfolhada:
Que sou eu, a mesma mulher.
A mulher que apaixonadamente te amava.

J’amour___

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