Preciso te contar sobre minha garganta cortada
pelo grito rouco e afiado que se calou à tua partida.
E dos dias parados, em que finquei os pés
na areia morna da praia esperando teu regresso.
Preciso te contar do vento que sobe ainda espiralando as
dunas do meu corpo em lenta carícia, com dedos de sais,
a lembrar-me tuas mãos que me mantinham cativa.
Quero te contar do meu coração desfeito em rasgos,
que enterrei no campo das sementes metálicas dos sonhos,
que não tenho como sonhar, sem a sua presença.
Preciso te contar da sombra dos meus olhos ausentes,
presos no horizonte dos dias sem sol e noites sem lua.
Dizer-te da chuva que sulca meu rosto sem vida, à espera
que as gotas cintilantes lavem os segredos da minha alma,
e me levem em seu caminho até as ondas e sargaços,
porque as águas onde lançaste tua náu peregrina,
secretam em seus abissais, as juras de um amor que já
nasceu contra as marés, quando estava em teus braços.
.
J'amour
Me ha parecido un precioso poema de amor, triste por la ausencia, pero de gran serenidad.
ResponderExcluirHay palabras que no entiendo, pero por el contexto capto el significado.
Abrazos y buenos deseos
Nada mais intenso do que a ausência de alguém muito amado.
ResponderExcluirSaudade é assim.
Faz a ausência doer mais.
Faz idealizar histórias que poderiam
ser vividas, escritas e eternizadas.
Obrigada pelo carinho que deixas
nos meus blogs.
Adorei teus poemas e sensibilidade palpável
que se encontra aqui.
Sawabona
Meu Carinho!